Há 47 anos, a programadora de computadores Margaret Hamilton foi uma das cerca de 400 mil pessoas que trabalharam para garantir o sucesso da missão Apollo 11, que levou os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Colli numa viagem segura de ida e volta à Lua. Nesta semana, Margaret foi uma dos 21 escolhidos pelo presidente americano, Barack Obama, a receberem Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil dos EUA.
Atuando nos bastidores, Margaret é reconhecida como uma das principais responsáveis pelo sucesso da missão. Foi ela quem desenvolveu o programa do computador a bordo das espaçonaves Apollo, e liderou a equipe que abriu caminho para o surgimento da engenharia de software, termo cunhado pela própria Margaret. Por sua forma de trabalho, ficou conhecida pela insistência em testes rigorosos nos sistemas, que se provaram críticos para o sucesso da empreitada.
— Nossos astronautas não tinham muito tempo, mas felizmente tinham Margaret Hamilton — disse Obama, na cerimônia de entrega da medalha, realizada na noite desta terça-feira, na Casa Branca.
No discurso, Obama se referia ao sistema desenvolvido por Margaret que permitia ao computador da espaçonave priorizar comandos quando estivesse sobrecarregado de tarefas, vital para os procedimentos realizados no dia 20 de julho de 1969.
Minutos antes de o módulo lunar tocar a superfície do satélite, vários alarmes foram disparados, mas graças ao sistema de Margaret, a equipe da missão foi capaz de perceber que não se tratava de algo grave, pois o computador estava focado no procedimento de pouso. Sabendo disso, Armstrong e Aldrin deram prosseguimento ao pouso, em vez de abortarem por possíveis problemas técnicos.
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Margaret era uma jovem de 24 anos, recém-graduada em Matemática, quando conseguiu um emprego no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). O plano era que o trabalho fosse temporário, para apoiar o marido que ainda cursava Direito na Universidade Harvard. Entretanto, em agosto de 1961, o MIT foi contratado para o Programa Apollo, e ela foi uma das indicadas para desbravar um território ainda desconhecido.
Na época, a programação de computadores era algo completamente desconhecido. Não existiam cursos, muito menos tutoriais na internet. Tudo o que Margaret e seus colegas estavam fazendo era novo, mas o trabalho foi tão bem executado que perdurou por gerações. O software instalado nas espaçonaves Apollo foi adaptado para o Skylab, os ônibus espaciais e para o primeiro sistema digital fly-by-wire num avião.
Em 2003, Margaret recebeu uma homenagem especial da Nasa como reconhecimento das suas inovações no desenvolvimento do software da Apollo, com a maior premiação financeira concedida pela agência a uma só pessoa até então. Após deixar a Nasa, na década de 1970, Margaret fundou a Higher Order Software e, posteriormente, a Hamilton Technologies.
Para Obama, o legado de Margaret “ecoa em incontáveis tecnologias atuais” e exemplifica o “espírito americano da descoberta que existe em cada garoto e garota”. Além dela, a Medalha Presidencial da Liberdade foi concedida a personalidades como o casal Bill e Melinda Gates, o ex-jogador de basquete Michael Jordan e os atores Tom Hanks, Robert De Niro e Robert Redford. Há 47 anos, a programadora de computadores Margaret Hamilton foi uma das cerca de 400 mil pessoas que trabalharam para garantir o sucesso da missão Apollo 11, que levou os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Colli numa viagem segura de ida e volta à Lua. Nesta semana, Margaret foi uma dos 21 escolhidos pelo presidente americano, Barack Obama, a receberem Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honraria civil dos EUA.
Atuando nos bastidores, Margaret é reconhecida como uma das principais responsáveis pelo sucesso da missão. Foi ela quem desenvolveu o programa do computador a bordo das espaçonaves Apollo, e liderou a equipe que abriu caminho para o surgimento da engenharia de software, termo cunhado pela própria Margaret. Por sua forma de trabalho, ficou conhecida pela insistência em testes rigorosos nos sistemas, que se provaram críticos para o sucesso da empreitada.