Em tempos de coronavírus e de isolamento social, estamos utilizando mais do que nunca o comércio eletrônico. Para garantir segurança a todos os consumidores, as empresas estão diante de novos desafios como o uso de sistemas antifraude para garantir segurança e proteção para as transações financeiras.
Afinal de contas, você já imaginou quantos dados estão circulando nesse exato instante no Brasil para manter em dia os pedidos e pagamentos feitos por meio de smartphones, computadores, caixas eletrônicos, maquininhas móveis e até mesmo TVs? Se antes da pandemia os números do comércio digital brasileiro já indicavam forte crescimento, agora o horizonte indica um caminho ainda mais desafiador pelo exponencial aumento de vendas por causa da quarentena do COVID-19.
Estimamos que o número de pedidos on-line em alguns segmentos mais que dobrou durante o mês de março, período que o Brasil e diversos países adotaram medidas restritivas de mobilidade. Até mesmo áreas que ainda não tinham grande expressão no comércio digital, como a de supermercados, estão trabalhando para se adaptar o mais rápido possível a esse panorama de vendas multicanais.
Estamos diante de uma nova realidade, com um volume maior de transações a serem gerenciadas. São bilhões de operações ocorrendo simultaneamente, e muitas delas produzidas – ou interceptadas – por agentes maliciosos dos mais diversos tipos e origens. É preciso entender esse cenário e proteger as informações.
Vale destacar que os clientes têm um papel importante como agentes de segurança. Manter as medidas de proteção é um cuidado indispensável e que precisa ser encarado com serenidade por todos nós, incluindo ações para checagem de sites, links, promoções e afins. Ainda assim, é inegável que toda a inteligência interna, que fica escondida dentro dos sistemas, é essencial para evitar que problemas aconteçam.
A boa notícia é que já contamos com uma série de soluções e suítes específicas para proteção contra fraudes on-line (OFD, de On Line Fraud Detection, em inglês). A indústria está evoluindo essas ofertas, agregando ferramentas que permitem o cruzamento ativo de registros gerados por inúmeros dispositivos com um banco de dados continuamente alimentado e avaliado.
Hoje, ao unir diferentes informações e implementar tecnologia avançada para a autenticação ininterrupta das transações, a indústria de automação bancária e de pagamentos pode oferecer aos consumidores uma gama completa de recursos de segurança extra, com suporte recorrente e análises inteligentes – capaz, inclusive, de avaliar as operações em uma abordagem baseada em comportamentos suspeitos para diminuir fraudes eletrônicas.
Seja via smartphone, PC ou em um ATM, os serviços de proteção antifraude mais modernos estão prontos para rastrear e identificar as origens das transações, oferecer blindagem dos endpoints, com estrutura instalada nos dispositivos de pagamento e monitoramento ativo, em tempo real. O compromisso deve ser dividido em três pilares: proteção do cliente, proteção do canal e operação BackOffice contínua.
As soluções de OFD são estratégicas para o crescimento dos negócios no mundo digital, sobretudo por permitir que bancos, empresas de cartões de crédito e demais companhias da cadeia de negócios de pagamentos possam ampliar a segurança da informação de seus clientes e a confiabilidade de seus serviços. É importante ressaltar, ainda, que o cuidado com os dados pessoais não é apenas importante diante do avanço das ofertas e ameaças do comércio digital em tempos de coronavírus, mas também porque as legislações e processos regulatórios são cada vez mais exigentes em relação a esse tema.
Trabalhar incessantemente para reduzir os crimes de fraude e combater as ações maliciosas certamente ajudará a atrair novos consumidores às empresas de e-commerce, bem como novos usuários de serviços de pagamento digital.
É hora da aproveitar as oportunidades que surgem, mesmo em tempos de coronavírus, para otimizar o atendimento e a experiência dos consumidores. Isso exige, de todos nós, a busca constante por inovações, unindo experiência e inteligência estratégica para o aprimoramento constante da segurança digital disponível aos usuários. Essa é a condição essencial para habilitar o comércio conectado, abrindo os caminhos para ampliar as vendas dos canais físicos e virtuais.
Artigo: Marco Aurélio Rodrigues, Diretor de Software e Serviços Profissionais da Diebold Nixdorf no Brasil