São Paulo 26/3/2020 – Chamamos a atenção dos responsáveis pela sinalização para que se conscientizem e percebam o grande risco a que submetem a população
Um questionamento vem tomando conta cada vez mais dos que viajam pelo espaço aéreo brasileiro: será que a maioria dos cidadãos sequer tem noção do perigo que corre ao viajar pelo céu do Brasil? “O risco de uma aeronave chocar-se com uma torre de qualquer natureza – seja de transmissão de energia, eólica, de telefonia, rádio, TV, entre outras – é muito grande. A sorte é que, até o momento, um desastre de grandes proporções não ocorreu. Porém, ele pode acontecer a qualquer instante enquanto a situação continuar do jeito que está. Por isso, a divulgação dessa pauta é de extrema relevância. Diria vital, até”, é o que alerta o professor mestre em Engenharia Elétrica e engenheiro responsável pela indústria FRATA, Michel Rodini.
Segundo ele, existe uma portaria do COMAER – Comando da Aeronáutica, 957-GC3, que impõe uma série de regras para que torres sejam sinalizadas e visíveis em um ângulo de 360º, facilitando a visualização dos pilotos. Para cada tipo de obstáculo aéreo (torres) existe uma regra de sinalização de acordo com a altura, sendo sinalização fixa e/ou piscante. Essa sinalização é produzida por indústrias especializadas para este fim.
“A questão grave que ocorre é que, para aprovação do projeto, muitas empresas colocam realmente a sinalização especial determinada na norma. Porém, em alguns casos ocorre que quando esses sinalizadores aeronáuticos queimam, o local fica sem visibilidade – e os responsáveis o mantém dessa forma – ou os substituem por sinalizadores não apropriados e sem certificação adequada (vedação, luminosidade etc.). E é aí que mora o perigo já que acidentes de grandes proporções podem ocorrer”, explica Rodini.
De acordo com o engenheiro, urge a necessidade de uma fiscalização adequada por parte dos órgãos fiscalizadores e/ou responsáveis envolvidos bem como a manutenção preventiva.
“Por isso, chamamos atenção dos responsáveis pela sinalização para que se conscientizem e percebam o grande risco a que submetem a população e a si próprios. Se um acidente ocorrer por conta desse fator, além da tragédia em si, as despesas e multas aos responsáveis serão imensas, chegando até a, possivelmente, inviabilizar o seu projeto. Que tenham ciência de que agir em consonância com as normas vigentes, com a lei, é muito mais vantajoso”, finaliza o engenheiro Michel Rodini.
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