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| (Mooh Tech) |
O mundo fashion faz parte do desejo de grande parte dos adolescentes. Quem consegue ingressar neste universo tem um dia a dia movido a desfiles, sessões de fotos, ensaios para editoriais e vive – em grande parte dos casos – o glamour da profissão. E, por alguns anos, foi esta a rotina de Everton Cruz.
Aos treze anos, ele foi chamado a fazer parte de um grupo seleto de personalidades que incluem brasileiras como Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio e Adriana Lima. Entre os trabalhos desenvolvidos, desfilou para uma das marcas mais famosas do mundo, a Calvin Klein.
“Fui convidado por um olheiro em Salvador, na Bahia, e depois disso, muita coisa aconteceu. Morei durante oito anos na França e também passei três meses em Israel. Então, em 2006, voltei ao Brasil e, ao chegar ao Recife, abri uma casa de shows, mais precisamente no bairro do Recife Antigo, local considerado o coração da tecnologia na cidade. Trabalhar neste bairro despertou mais a vontade de levar adiante o meu desejo de empreender na área”, relembra.
Apesar de ter sido uma experiência bastante interessante, ainda sentia falta de alguma coisa. Principalmente porque, desde criança, Cruz sempre teve interesse por tecnologia. Tanto que, anos depois, acabou se formando em Ciências Aeronáuticas e em Análise de Sistemas. Começava, assim, a realização de um sonho.
Em 2014, Cruz deu os primeiros passos para fundar a startup Mooh Tech. Na época, ele trabalhava na Avanade, uma joint venture da Microsoft e Accenture, dividindo-se entre Brasil e Estados Unidos. “Dez anos depois de retornar ao meu país, em 2016, investi R$ 330 mil – provenientes de recursos próprios – na fundação da Mooh Tech e, posteriormente, me uni a dois amigos, o arquiteto e designer Henrique Mafra e o especialista em dados e processos Bruno Silva”, conta.
“A ideia de criar a Mooh surgiu da necessidade por soluções que fizessem a diferença no cotidiano das pessoas. A primeira equipe estruturada dentro da Avanade era um grupo formado por jovens gênios, mas extremamente vaidosos. Eu identificava muita teoria e pouca prática, um verdadeiro conflito de egos. Então, resolvi findar a parceria e procurar por pessoas que realmente fizessem acontecer”, explica.
A primeira plataforma desenvolvida pela empresa foi o aplicativo Sempre Alerta. “Principalmente por conta do crescimento desenfreado das cidades, a segurança é a preocupação da maioria dos políticos. Assim, desenvolvemos a ferramenta para impulsionar o conceito de municípios inteligentes, ou seja, locais que contam com sistemas tecnológicos onde os gestores públicos, em parceria com a população, mantêm redes integradas de comunicação capazes de dar mais agilidade aos processos e, consequentemente, proteção aos cidadãos”, afirma o empreendedor.
O segundo projeto foi o Findfila. Como o nome indica, o App permite retirar uma senha e acompanhar, em tempo real, como está o andamento da fila. Com isso, o usuário pode ir ao local no exato momento em que estiver chegando a sua vez.
E no que depender dele, ainda serão muitas as passarelas a serem percorridas, embora em outro contexto. A Mooh Tech tem um plano de expansão internacional: abrirá uma filial na Europa, mais precisamente em Madri, na Espanha, e está em negociações para atuar na França.
Além disso, a empresa fechou parceria com o escritório de investimento e representação africano Afrostar, responsável por negociar o aplicativo Sempre Alerta em alguns países do continente como África do Sul, Angola, Cabo Verde e Nigéria. E também há projetos de atuação na Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
“Como sabemos, as grandes ideias são o resultado de valiosos insights, sejam dos consumidores ou de pessoas talentosas. É trabalhando que atingimos os nossos objetivos, surpreendemos e somos surpreendidos. Apenas pensar ou sentir não é o suficiente. É necessário fazer e, sobretudo, não desistir”, finaliza Everton Cruz.
Sobre a Mooh Tech
Com sede no Recife (PE), é uma empresa voltada ao ramo de desenvolvimento de tecnologia e softwares e o seu primeiro produto traz um novo conceito de segurança para as chamadas “Cidades Inteligentes”, lugares onde a prefeitura, em parceria com a população e a polícia, mantém redes integradas de comunicação, de modo a agilizar os processos e garantir uma maior segurança.
