Protestos na Internet: Conheça 7 casos recentes de ativismo hacker

7 casos recentes de ativismo hacker
(7 casos recentes de ativismo hacker)
O hacktivismo (junção das palavras hacker e ativismo) é uma forma de protesto contra governos e empresas, promovendo ideias com relação à liberdade política e de expressão, direitos humanos, ética, entre outras. Embora exista desde os anos 90, esse termo se popularizou somente em meados de 2003, com o surgimento do grupo Anonymous, conhecido principalmente por suas práticas de ciberativismo.
 
A prática vai muito além de invadir e derrubar sites. O objetivo maior por trás de toda a operação é contestar uma causa e gerar impacto. Por meio de ataques distribuídos de negação de serviço (os famosos “DDoS”), por exemplo, o invasor envia um grande número de requisições ao servidor do alvo, congestionando o tráfego e derrubando o serviço por tempo indeterminado.
 
“Cada vez mais comum, essa prática é perigosa pois nunca se sabe quando ou porque uma empresa pode ser atacada. Sendo assim, é fundamental que corporações e órgãos governamentais adotem medidas de segurança preventiva, a fim de evitar prejuízos”, afirma Bruno Prado, CEO da UPX Technologies.


Conheça abaixo sete casos de hacktivismo que repercutiram nos últimos tempos:


Espionagem norte-americana

Em 2013, hackers brasileiros do grupo “BMPoC” alteraram endereços da web gerenciados pela Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, em protesto contra os supostos casos de espionagens da Agência de Segurança Nacional (NSA) contra líderes de outros países, entre eles, a presidência do Brasil. A mensagem repudiava a prática e afirmava que “o povo brasileiro não é a favor dessa atitude”.
 
Caça às baleias
Em dezembro de 2015, websites do primeiro-ministro, dos ministérios do Interior e do Meio Ambiente da Islândia foram derrubados por um grupo de ativistas em protesto à caça das baleias, prática polêmica que acontece amplamente no norte do Oceano Atlântico. O grupo convidava os internautas a utilizarem uma rede social para postar comentários sobre o assunto. O mesmo aconteceu com o site da montadora japonesa Nissan, que pagou pela prática do governo de seu país ao também incentivar esse tipo de pesca.
Franquia de Internet
 
Ataques hackers por negação de serviço causaram instabilidade ao site da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) em abril de 2016, durante a discussão sobre a proposta das operadoras em adotar limites de dados nos pacotes de internet fixa. Na oportunidade, os ativistas criticaram a posição da entidade, da qual o presidente havia afirmado que “a era da Internet ilimitada acabou”.
 
Bloqueio de aplicativo
Durante o mês de maio de 2016, ataques em série foram realizados a sites oficiais relacionados ao estado de Sergipe, como o do Governo do Estado e do Tribunal de Justiça, pelo grupo Anonymous, em represália ao bloqueio do aplicativo WhatsApp. Até a página da prefeitura de Lagarto, comarca de onde saiu a decisão, também ficou fora do ar. “Se o WhatsApp ficará bloqueado por 72h, assim será também então com o site do Tribunal de Justiça de Sergipe, em forma de protesto pelos motivos expostos. Não nos calarão”, dizia a nota. Dois meses depois, o mesmo aconteceu com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após novo bloqueio.
 
Ocupação de universidade
Após uma polêmica ocupação de estudantes no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) contra uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241), em outubro de 2016, hackers invadiram a página oficial da instituição para manifestar opinião contrária à ação. “Os estudantes da UESB que querem de fato estudar e contribuir para um país melhor repudiam a ocupação”, dizia a nota.
 
Machismo
Em fevereiro de 2017, o grupo Anonymous Brasil hackeou o site da marca de móveis Alezzia, que sofria acusações de objetificação das mulheres ao utilizar uma modelo em trajes de banho para vender seus produtos, e que também havia contratado um estagiário demitido por outra companhia por postar comentários machistas nas redes sociais. Na ação, os hackers excluíram itens da loja virtual, postaram um vídeo com conteúdo feminista e afirmaram ter sequestrado dados dos clientes e os notificado para que processassem a empresa por falta de segurança.
 
Lava Jato
Os sites do então recém-eleito presidente do Senado, Eunicio Oliveira, e do partido Democratas (DEM), do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, foram alvo de invasões do grupo Anonymous em protesto a supostas citações em depoimentos durante investigações da Operação Lava Jato, que envolve diversos nomes da política nacional. No caso de Oliveira, o grupo ainda publicou dados pessoais do senador, uma prática conhecida como “exposed”.
 

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