Migração para a nuvem: passo a passo para uma transição suave

Migrar para a nuvem é o equivalente moderno de “vamos arrumar a casa antes da visita chegar”.

Você sabe que a mudança vai acontecer, sabe que será para melhor, mas aquele caos inicial… ah, esse é quase inevitável.

Mas com planejamento, boas práticas e, claro, um senso de humor afiado, a migração para a nuvem pode ser mais suave do que parece.

Então, respire fundo e siga este guia passo a passo!

Avaliação inicial: descubra o que precisa ser migrado.

Antes de começar a jogar tudo na nuvem, faça um inventário completo de sua infraestrutura de TI, identifique os aplicativos, serviços e dados que realmente precisam fazer a transição.

Nem tudo precisa ir para a nuvem, e migrar desnecessariamente pode acabar se tornando um tiro no pé — além de custar mais!

Verifique quais são as dependências entre sistemas e dados, imagine isso como arrumar a mala para uma viagem longa: nem todo item de casa precisa ir com você.

Aplicativos críticos, dados confidenciais e serviços essenciais, sim, arquivos antigos e scripts abandonados? Melhor deixá-los no “porão”.

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Escolha o provedor de nuvem certo: a importância de fazer a lição de casa.

Agora que você já sabe o que será migrado, a pergunta é: para onde?

O mercado de computação na nuvem está cheio de opções — AWS, Azure, Google Cloud, e por aí vai.

A escolha de um provedor de nuvem não é apenas uma questão de preço; envolve fatores como compliance, escalabilidade, suporte, e a famosa relação “custo-benefício”, avalie qual provedor de nuvem oferece a melhor solução para suas necessidades.

Verifique SLAs (Service Level Agreements), opções de segurança, compatibilidade com suas aplicações e, claro, a facilidade de integração com seus sistemas atuais.

Se possível, comece com uma abordagem multicloud, pois ela permite flexibilidade e evita a dependência de um único provedor.

Estratégia de migração: por que improvisar nunca é uma boa ideia?

Vamos combinar: quando se trata de migração para a nuvem, improvisar é a receita para o desastre.

É como fazer uma mudança de casa sem empacotar nada — jogar tudo no carro de qualquer jeito e esperar que tudo chegue inteiro, spoiler: não vai dar certo.

No universo da computação em nuvem, a palavra mágica é planejamento.

E quando falamos de planejamento, existem diferentes estratégias de migração, cada uma com suas peculiaridades e complexidades.

Vamos desmembrar isso já.

1.    Lift-and-shift (ou: “quem nunca?”).

O lift-and-shift é o equivalente tecnológico àquele momento em que você pega tudo da sua casa e joga no caminhão de mudança sem pensar se o sofá vai passar pela porta da casa nova.

É rápido, é prático, mas com certeza não é a solução ideal a longo prazo.

No lift-and-shift, você literalmente levanta o que está rodando no seu servidor físico ou virtual, coloca numa máquina virtual na nuvem, e torce para que funcione.

Claro, pode funcionar… por um tempo.

Mas assim como aquele sofá que não se encaixa na sala nova, logo você perceberá que simplesmente transportar as coisas não é a solução mais eficiente.

Seu aplicativo pode acabar rodando sem otimização, consumindo recursos a mais e, o pior, custando mais dinheiro.

Portanto, o lift-and-shift é recomendado para casos em que você precisa fazer a migração com urgência ou não tem tempo de mexer na estrutura dos seus aplicativos — mas saiba que é uma abordagem temporária.

2.    Refatoração (ou: “vamos dar um tapa no visual”).

Aqui as coisas começam a ficar mais sérias.

Refatorar um aplicativo significa fazer ajustes no código para que ele tire melhor proveito da nuvem.

Sabe aquele carro que você usa todo dia? Refatorar é como dar uma tunada nele para melhorar a performance — novos pneus, ajustes no motor, talvez até um sistema de som mais moderno.

No mundo dos aplicativos, isso se traduz em ajustar a arquitetura para que ela seja mais eficiente e tenha uma melhor integração com os serviços oferecidos pela nuvem, como balanceamento de carga, escalabilidade e monitoramento.

Refatorar pode parecer complicado no início, mas os ganhos são consideráveis: seu aplicativo vai rodar mais rápido, ser mais eficiente, e, o mais importante, aproveitar todo o poder que a nuvem oferece.

E como bônus, você provavelmente verá uma redução nos custos de operação, porque seu sistema estará otimizado para o novo ambiente.

3.    Reconstrução (ou: “vamos jogar tudo fora e começar do zero!”).

Agora estamos falando de uma estratégia bem radical, mas que às vezes é o único jeito.

Reconstruir um aplicativo do zero para a nuvem é como decidir demolir sua casa antiga e construir uma nova mansão do jeito que você sempre quis.

Dá trabalho? Muito. É caro? Com certeza.

Mas o resultado final é um aplicativo que nasceu para viver na nuvem, otimizado para aproveitar cada recurso que ela oferece.

Essa abordagem, porém, não é para os fracos de coração ou para quem está com pressa.

Reconstruir significa criar uma nova arquitetura, usar novas tecnologias e, muitas vezes, treinar sua equipe para lidar com as inovações.

Por outro lado, se você tiver a chance de reconstruir, os ganhos podem ser espetaculares: seu sistema estará pronto para crescer, escalar e adaptar-se às mudanças tecnológicas futuras com muito mais facilidade.

4.    Multicloud e híbrido (ou: “nada de colocar todos os ovos na mesma cesta”).

E se você não quer depender de um único provedor de nuvem?

Bem, existe também a abordagem multicloud, que é como ser aquele amigo que não confia em apenas um banco de dados.

Você distribui seus aplicativos e serviços por vários provedores de nuvem — AWS, Azure, Google Cloud, e por aí vai — garantindo que você tenha mais flexibilidade, resiliência e, claro, menos chances de ficar na mão.

Há também a opção de manter parte dos seus dados e aplicativos rodando localmente, no chamado ambiente híbrido.

Sim, é possível misturar o melhor dos dois mundos — nuvem e local —, aproveitando os benefícios da escalabilidade da nuvem e mantendo o controle sobre seus dados mais sensíveis em um servidor local.

5.    A improvisação pode ser divertida, mas não aqui.

Seja qual for a abordagem, uma coisa é clara: a migração para a nuvem exige uma estratégia bem definida.

Não adianta fazer como aquela pessoa que resolve pintar a casa inteira sem forrar o chão e depois se arrepende do caos.

Escolher entre lift-and-shift, refatoração ou reconstrução depende de suas necessidades, orçamento e, claro, do quanto você está disposto a reformar seu sistema para ele viver na nuvem com conforto.

Acredite, quando tudo estiver otimizado e rodando perfeitamente, você vai agradecer por não ter improvisado.

Segurança: porque todo mundo quer proteger os seus dados.

Segurança é uma preocupação constante durante a migração para a nuvem, afinal, ninguém quer que seus dados confidenciais fiquem expostos como em uma vitrine.

Durante a transição, certifique-se de implementar boas práticas de segurança na nuvem, como:

  • Criptografia: Tanto os dados em trânsito quanto em repouso devem estar criptografados.
  • Controle de acesso: Limite quem pode acessar o que, com políticas de controle rigorosas.
  • Monitoramento contínuo: Use ferramentas de monitoramento para detectar qualquer atividade suspeita.

Lembre-se: migrar para a nuvem não exime sua equipe de TI de responsabilidades.

A segurança compartilhada entre cliente e provedor de nuvem é a chave, ou seja, eles garantem a infraestrutura, você garante os dados.

Teste antes do “grande dia”.

Fez o planejamento? Está tudo configurado? Agora, é hora de testar.

Realize testes de desempenho, funcionalidade e segurança antes de fazer a migração total.

Imagine que você está ensaiando para uma peça de teatro, tudo precisa estar afinado antes da estreia oficial.

E, assim como num ensaio geral, se algo falhar, melhor descobrir antes de o show começar.

Migração: finalmente, o grande momento.

Agora que tudo está em ordem, é hora de migrar seus sistemas para a nuvem.

Execute o plano com calma e mantenha sua equipe informada a cada etapa, lembre-se de migrar em ondas, começando com os sistemas menos críticos e avançando gradualmente para os mais sensíveis.

Isso ajuda a reduzir riscos e a resolver problemas de performance antes que eles afetem serviços essenciais.

Otimização contínua: porque a nuvem não é “configure e esqueça”.

Depois da migração, não pense que o trabalho terminou, a nuvem oferece uma infinidade de oportunidades para otimizar seus sistemas continuamente.

Monitore o desempenho, ajuste as configurações, automatize tarefas repetitivas e explore novas funcionalidades que seu provedor de nuvem oferece.

E não se esqueça: revisitar sua arquitetura de tempos em tempos pode ajudar a reduzir custos, melhorar a eficiência e garantir que sua empresa esteja sempre aproveitando ao máximo a infraestrutura em nuvem.

A migração para a nuvem não precisa ser um pesadelo.

Desde que você siga um plano bem estruturado e adote as melhores práticas de segurança, performance e otimização.

Com as etapas certas, você pode realizar a transição de forma tranquila e eficiente, e sua empresa estará pronta para aproveitar todas as vantagens da computação na nuvem.

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