Empresas devem desconstruir paradigmas e criar oportunidades para talentos femininos no setor tech 

Imagem: reprodução pexels

A indústria de tecnologia já pôde constatar que equipes homogêneas levam à criação de produtos com vieses, baseados em estereótipos e que não atendem às inúmeras necessidades dos usuários. Além disso, perceberam que essa situação tem consequências econômicas e que pode ser evitada com estratégias efetivas de inclusão, principalmente para promover a carreira de mulheres em cargos de liderança.

 Deixo aqui cinco reflexões para as empresas:

  1. Os usuários são diversos e, por isso, querem produtos diferentes – Com mais diversidade, as empresas conseguem ter pessoas diferentes pensando e refletindo sobre um único tema, trazendo distintos olhares e garantindo produtos e serviços muito mais versáteis e inclusivos.
  2. O mercado de tecnologia continua a ser predominantemente masculino – um estudo realizado pela Laboratória, em conjunto com o BID Lab, mostra que apenas 25% dos profissionais de TI do mundo são mulheres.
  3. Ainda existe uma grande demanda de talento tech feminino no Brasil. A Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) projeta uma demanda de 797 mil talentos de tecnologia entre 2021 e 2025, em média 159 mil ao ano.
  4. Um estudo do FolhaCarreiras aponta que, apesar das demissões em larga escala no mercado de tecnologia terem marcado o setor nos últimos meses, ainda existe uma procura crescente por  profissionais de TI.
  5. Ter colaboradores diversos, não é bom apenas para as pessoas, mas também para os negócios – é o que mostra um estudo realizado pela “KPMG 2021 CEO Outlook”, com mais de mil CEOs de todo o mundo: 56% deles admitiram que sua organização pode ter dificuldades para lidar com as crescentes expectativas de inclusão, diversidade e equidade do público, investidores e governos.

A Laboratória é fonte de talento tecnológico feminino para empresas e organizações que procuram aumentar a diversidade das suas equipes de tecnologia. Já formamos mais de 3.100 alunas em programação web na América Latina. E desde 2020, 87% das graduadas conquistaram seu primeiro emprego na área.

Mas não podemos trabalhar sozinhos, é necessário que as empresas mudem suas mentalidades, desconstruam paradigmas e implementem estratégias de incentivo à contratação de mulheres neste setor. Se unirmos esses esforços, conseguiremos potencializar nosso trabalho. Mais mulheres trabalhando em tecnologia significa mais mulheres construindo o futuro da América Latina

Por: Julia Diniz, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Laboratória

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